Saturday 31 October 2009

TV lixo

Li hoje na capa do jornal 24 Horas que "produtor, críticos e colegas" de Bárbara Guimarães tinham analisado o porquê do novo programa por ela apresentado, "M/F", estar a ser um autêntico fracasso...
... e fiquei deveras preocupado! Preocupado com duas coisas. Em primeiro lugar, se eu tivesse amigos que fossem para os jornais falar dos meus fracassos, que raio de amigos seriam esses!!! E em segundo lugar, a SIC está a ser gerida por cegos! Porque se o produtor do programa e os colegas da SIC da Bárbara andam a divagar sobre qual (ou quais) o(s) factor(es) que faz com que o M/F esteja a ser um fracasso, é porque não veem o programa!!!!!!
Porque só um cego (e mesmo este tem de ser também surdo) é que não percebe que o programa é um fracasso de audiências porque - como é que posso dizer isto sem ser bruto? - é uma bosta!!!
E não me venham com estórias que o mal está na (não existente) química com o "humorista" (e membro dos Cebola Mol nos tempos livres - ou será ao contrário?) Eduardo Madeira. Nem que ali estivesse o George Clooney aquilo se salvava!!!!

Aliás, parece que nesta "tv season" o que está a dar são as parcerias "desenquadradas", duplas com personalidades completamente diferentes, e que tal como acontece no M/F, não conseguem salvar um formato que eu proponho designar de "nado morto", algo que à partida já falhou, um cemitério de ideias entregue a duvidosas glórias da nossa querida televisão para o encher ainda mais de defuntos!

Talvez por isso (mas não só por isso) cada vez mais pessoas escolhem os canais de enlatados estrangeiros AXN e Fox, em vez de mamarem com as mesmas caras de sempre, a fazer as mesmas porcarias de sempre, mas agora com uma roupa mais cool e num formato um pouco diferente de antes...

Monday 26 October 2009

O desfibrilador... e a estupidez de quem acha que tudo sabe!

Haverá palavra mais difícil de dizer que "desfibrilador"? Eu acho que não, pelo menos para mim! E desde ontem que não se fala de outra coisa, por causa do jovem norte-americano jogador de basketball da Ovarense que morreu ao intervalo.
Hoje estava no carro a caminho de mais uma consulta da minha querida grávida quando ligo a TSF e oiço um suposto entendido no assunto (alguém do Instituto Ricardo Jorge) a dizer que o desportista não teria morrido se houvesse um desses "desfibri-blah-blah-blah" no pavilhão.

E eu passei-me!!! Como é que ele sabe? Estava lá para ver? Falou com o paramédico que socorreu o atleta? Fez a autópsia logo ali no balneário?

Como é que ele sabe que o jovem podia ser trazido de volta à vida com a maquineta e não pensou no facto de ele ter sofrido um ataque cardíaco fulminante, do qual não há volta a dar?

Quando é que esta gente dita responsável e responsabilizadora aprende a fechar a boca ou então a responder apenas que é cedo para se saber se o ataque teria volta ou não? Está mais que provado que um aparelho de choques desse impede um número bastante elevado de mortes em situações de ataque cardíaco súbito, mas quando é fatal nem o mais potente deles pode fazer o coração voltar a bater!!!

E isso demora tempo a concluir, meus amigos!!!

Sunday 25 October 2009

Nobel's, Religião e etc's...

Em primeiro lugar, um pedido de desculpas. Um pedido de desculpas a vocês, meu leitores. Vocês leitores que não sei quem são nem quantos são, muito menos de onde são. Mas são, e por isso merecem desculpas. Porque eu tenho sido preguiçoso, não tenho vindo aqui escrever assíduamente como prometi. Podia inventar tretas e mandar a poeira para os vossos olhos, dizer que ter a namorada grávida é complicado, que andei numa roda viva a organizar o Seixal Graffiti, que os meus pais mudaram da minha casa para a deles e eu estou a mudar para lá novamente. Mas não. Basta de tretas, tangas e afins: não tenho vindo escrever porque sou preguiçoso! Tenho tido tempo para jogar Mafia Wars ou actualizar o Facebook, por isso estar ocupado nunca seria desculpa.

Para quem está longe - e muitos dos amigos que tenho vivem ainda por terras britânicas - se calhar tem passado um pouco ao lado a polémica sobre Saramago e o seu recente livro. Sim, novamente as palavras Saramago e polémica são usadas na mesma frase. Tudo por culpa de "Caim", a última publicação do Nobel da Literatura, e pela forma irónica como descreve esta história biblica.

Quer dizer, a culpa até nem é do livro, porque parece que ninguém ainda teve oportunidade de o ler. Mas Saramago tem aproveitado para voltar a meter farpas no dorso da Igreja Católica, com esta a reagir e levando outros ao histerismo. De repente, muita gente lembrou-se que é católica e vai de falar da sua justiça. Depois, os telejornais teem aproveitado a deixa e encher chouriços com reportagens e inquéritos sobre o que é ser católico e se se lê a Bíblia ou não.

A mim chateiam-me mais essas falsas indignações, esse fenómeno de "Maria vai com as outras" tão típico do ser-se português, o "deixa-me aproveitar e bater em quem já está no chão", do que propriamente o Saramago achar que a Bíblia "é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana". Fui educado num colégio católico e vou à igreja ao domingo, mas nem por isso acho que devo tomar como ofensivas as declarações de Saramago. Cada um pensa como quer e ninguém é obrigado a ter a Bíblia na mesa de cabeceira para se considerar temente a Deus. Além disso, todos com certeza passámos reuniões familiares com aquele parente - próximo ou distante - que já conta com 86 anitos... know what I mean? ;)

PS - Toda esta conversa de religião fez-me lembrar que esta semana voltei à minha Catedral (a da Luz, do meu Benfica), e de como foi bom rever todas as alegrias/tristezas de anos e anos de devoção.

Monday 12 October 2009

Progresso?

Isto de andar atrás de emprego tem as suas vantagens. Uma delas é voltar a calcorrear as ruas de Lisboa, voltar a enamorar-me pelos seus becos e ruelas, revisitar as antigas capelinhas da juventude animada e inconsequente.
Mas Lisboa mudou um pouco. Parece que não, mas estes quatro anos e meio em que estive fora transformaram qb a minha capital. Parece mais cosmopolita, mais artista, mais entertainer. Está definitivamente mais fashion do que estava quando parti.
Mas hoje vi algo que, apesar de ser algo que nunca tinha visto noutra qualquer cidade, capital de país industrializado ou não, nem por isso me agradou: os telemóveis teem rede dentro do metropolitano!
Sim, mesmo debaixo de terra, sob os estabelecimentos comerciais às moscas e as filas intermináveis de trânsito a qualquer hora do dia (será que a população investiu em camiões-cisterna e tem um depósito de gasolina no quintal, para desperdiçar em filas diariamente?), os telemóveis tocam, os seus donos atendem e falam o tempo que for necessário, enquanto circulam a alta velocidade de estação para estação.

Deviam ter visto a minha cara quando, mal se fecharam as portas da carruagem no Marquês de Pombal, o meu telemóvel começa a tocar e eu consegui fazer uma conversa normal, clara e sem cortes até ao Saldanha, duas paragens depois!!! Sinceramente, preferia que ele não tivesse rede, como dantes.
É que este era mesmo o unico sítio onde dantes nos podiamos resguardar de ouvir gritinhos infantis, risos estridentes, conversas alheias e o que a senhora do lado fez com o namorado ou comeu para ao almoço!!!

Dizem que é o progresso... eu respondo: bah!!!! que se dane o progresso, se fôr para mais disto!!

Sunday 4 October 2009

E porque se celebra hoje o Dia Internacional dos Animais...

... aqui fica o KEIKO, o mais recente membro da familia, encontrado faz tres dias dentro do motor de um carro estacionado. Segundo o veterinario, tem dois mesitos de idade e ja faz as delicias aqui de casa!!!

Monday 28 September 2009

Regresso de férias

Foram essencialmente 15 dias muito bem passados na já esvaziada Isla Canela, entregue apenas a pontuais espanhóis de visita aos restaurantes locais e algumas dezenas de ingleses e alemães de mais de 60 anos, instalados nos quatro requintados hotéis\spa da pseudo-ilhota.

Soube-me sempre bem usufruir do investimento que os meus pais fizeram num apartamento deste antigo pântano da costa de Ayamonte, onde a certa altura num passado não tão longínquo como isso, o Ayuntamiento local e a empresa Pryconsa decidiram-se a transformar em estância de turismo e golf. Custou uma ninharia uns oito anos atrás, especialmente quando comparada com o que poderiam ter pago em semelhante caso no "ALLgarve" (e sabiam que isso está mesmo representado numa escultura em letras garafais mal se paga a portagem às portas da Via do Infante?). Hoje vale o dobro (um apartamento vizinho vende-se numa imobiliária local) e novo custa mais do triplo.

Soube-me sempre bem saber que não preciso nunca mais de pagar para ter férias no sul, nem alugar um quarto num hotel com piscina e uma porta para a duna de uma praia que não é mais do que a continuação do areal algarvio, apenas separado pelo Rio Guadiana. E nestes primeiros anos de vida da menina que depressa vai chegar, isso vai ser fundamental.

Nasci português e assim morrerei, mas desculpem-me se, ao passar ali férias, olho para o meu país com desconfiança, tristeza, pena até. A realidade que vivi em Londres durante quase cinco anos não a posso comparar a Portugal, porque não faria sentido algum. Mas estive a passar férias do outro lado do rio. Vejo a pátria lá ao fundo, na varanda do apartamento. Na marina de Ayamonte cheiro a sardinha a ser assada em Castro Marim. Nas ruas pedonais da aldeia oiço a língua de Camões a ser falada a cada esquina, em cada esplanada, em cada alçada.

Em Espanha, tal como em Portugal, o domingo é o dia da família. Mas em Espanha, ao contrário de Portugal, as famílias encontram-se na missa e almoçam juntos, passam o dia juntos. No domingo, em Espanha, as lojas fecham todas. Supermercados inclusivé. A família quer-se junta em casa, a confraternizar, não no shopping da moda a ver montras e "galar" quem passa.

E são pequenas diferenças como esta (para muitos insignificantes) que mostram a coesão de um país que se soube levantar de uma crise profunda, de uma Guerra Civil fracticída, e que é hoje um dos G20 mundiais.

Thursday 3 September 2009

Uma matrícula estrangeira elimina células cerebrais

Quem o diz sou eu, e não nenhum estudo científico como aqueles que costumamos ler vindos de obscuros "Institutos" ou "Universidades" norte-americanas, que nos dizem por exemplo que "os objectos distantes são mais difíceis de ver" (conclusão verdadeira de um estudo da Universidade de Washington).

Ora sendo eu titular de um carro de matrícula estrangeira, e ainda por cima inglesa (conduzo do "lado errado" do carro, pois então), posso testemunhar que há com certeza uma ligação entre conduzirmos em Portugal e a morte de parte do nosso querido cérebro nos outros condutores.

Em primeiro lugar, e mesmo depois de termos abolido a Ditadura em 1974, aderido à União Europeia em 86 e termos todos televisão por cabo com canais estrangeiros à quase tanto tempo, ainda é engraçado ver a cara das pessoas ao ultrapassarem um carro inglês.

Depois, e ainda mais grave que a aparente curiosidade/estranheza em ver um carro com o volante do lado direito do carro, parece que há algo no cérebro que se desliga e, de repente, esquecem-se todas e quaisquer regras de trânsito!

Qual prioridade nas rotundas? Qual sinal de stop? Qual limite de velocidade? "O gajo é inglês e por isso eu aqui faço como me apetece, que ele nem sabe se as regras que aprendeu lá servem para aqui...", parece ser o denominador comum para a grande maioria dos condutores das estradas/ruas portuguesas ao ver uma matrícula que não é igual à deles.

Eu, claro, ando muito preocupado. Se calhar vou ter de meter algures o cachecol do Benfica, um cãozinho que só diz que sim no vidro de trás e uma Nossa Senhora de Fátima no tablier da frente, para mostrar que estou perfeitamente adaptado à realidade portuguesa, apesar do meu carro ser estrangeiro. Se calhar depois disso eles param de me apitar mesmo quando sou eu que estou a cumprir as regras de trânsito e eles não!

PS - Sabiam que cada país da União Europeia tem as suas exigências em matéria do que é necessário trazer no porta-bagagens para usar em caso de acidente? França exige que os coletes reflectores estejam já dentro do carro (no porta-luvas ou até vestidos!), para quando se mete o pé fora da viatura já os trazer postos. Exige também um triângulo, um kit de luzes de substituição, um estojo de primeiros-socorros e um extintor! E se o carro não tem a letrazinha correspondente ao país de onde é, toca a comprar um íman e colocar atrás, que o francês não tem de estar a puxar pela cabecinha e pensar que, se o condutor conduz na direita do carro, então o carro deve ser inglês...

Já Espanha dispensa o extintor e o kit das luzes, mas exige dois triângulos. Para quê? para quem vem ilegalmente na contramão saber que eu estou empanado? Não me parece que nesse caso o meu maior problema seja a falta do segundo triângulo à frente do carro...

Monday 31 August 2009

O problema de querer comprar uma garrafa de Pimm´s em Lisboa...

Para quem viveu em Inglaterra, beber um copo de Pimm´s & Lemonade tornou-se algo tão banal quanto chegar ao Rossio e pedir uma ginjinha, ou chegar ao Porto e almoçar uma francesinha na Rua de Santa Catarina.
O meu carro veio a abarrotar esta semana, mas tinha de haver espaço para uma garrafa de litro da fantástica bebida, a favorita do verão londrino.

Não me lembro de ver alguma vez semelhante garrafa/marca à venda em Lisboa. Tem de haver - há tantas marcas e géneros de bebidas diferentes - mas não faço ideia onde começar a procurar.
Por isso fiz aquilo que uma pessoa culta e inteligente faz: abri uma página da internet, abri o Google português e digitei a palavra Pimms. Depois, foi esperar para saber onde adquirir tão precioso néctar... ou então não!!!

A realidade com que me deparei foi radicalmente inversa ao que estava à espera: logo na primeira hipótese aparece um site modestamente chamado "Putas de Lisboa" (!!!), o que me fez imediatamente pensar se não estaria a escolher uma bebida preferida pelas senhoras que praticam a profissão mais antiga do mundo... A segunda hipótese, sugestivamente designada "Pipis-nelas" não deixa muitas mais dúvidas.

E da bebida (que era aquilo que eu queria saber), nada!

Fiquei então a saber que existe uma boite em Lisboa (para os lados de Santa Apolónia e Sapadores) que se chama exactamente Pimms... e que pelos vistos está muito bem vista por quem gosta deste género... pois o que não faltam são páginas de fóruns a recomendar uma visita. Parece que a compra de uma garrafa de champagne (dizem que custa 150 euros) dá logo direito a sexo oral...

E da bebida (que era aquilo que eu queria saber), nada!

PS - estou a exagerar um bocadito. Na oitava escolha do Google lá vem um site de comparação de preços, onde se pode adquirir uma garrafa de litro de Pimm´s por 14 euros... um pouco mais barato que os 150 do champagne, hein?

Friday 28 August 2009

Dia 1

Acordar às 10 da manhã e ter um croissant de chocolate e um café à espera: priceless!!!

Estou de regresso a Lisboa!!!