Monday 17 January 2011

Portugal em alta na Wallpaper (ou como eu adoro revistas)

Algo que ficou da minha meia década de anos passados em Londres foi o impulso - quase incontrolável - de ler revistas (quem consegue entrar na R.D. Franks e sair de lá de mãos a abanar que levanta o braço!!). Algumas comprava ocasionalmente, quando o assunto me interessava; outras tinham aquisição mensal obrigatória. A grande maioria acompanhou o meu regresso a Lisboa, e enchem quase duas estantes no escritório (para desespero da cara-metade, verdade seja dita!).
Isto tudo para dizer que tenho tentado continuar com tal propósito (o de comprar mensalmente os títulos que mais gosto) mas tem sido algo complicado. Primeiro, Lisboa não tem a mesma quantidade de oferta que Londres (se bem que a livraria do Xenon Restauradores e a Bulhosa do Oeiras Parque estão muitíssimo bem recheadas). Segundo porque os preços são para lá de proibitivos, ainda para mais tendo em conta o poder de compra dos dois países!

Senão vejamos: a Wallpaper custa em Londres 4,5 libras; Em Portugal desembolsamos 9 euros, exactamente o dobro. Se adicionarmos a esta factura a Vogue inglesa (difícil de encontrar), a Dazed & Confused, a i-D, a Jalouse, a Juxtapoz e a Wad, são para cima de 50 euros que se deixa na papelaria a cada mês. Um luxo!, oiço-vos a exclamar. E têm toda a razão, mas não consigo resistir à tentação.

E, por vezes, somos de alguma forma recompensados com alguns artigos que nos tocam um pouco mais de perto. E isso acontece na edição de Janeiro da Wallpaper. Dedicada ao que nos reserva num futuro próximo nas artes, design, arquitectura, moda e empreendedorismo, li com agrado o destaque dado a Catarina Portas (página 98) e à sua marca Vida Portuguesa, bem como na conversão dos antigos quiosques lisboetas em cafés da moda.

Gostei igualmente de ver o restaurante "Viajante" na shortlist para os Design Awards 2011 da prestigiada revista. Localizado na antiga town hall (junta de freguesia) de Bethnal Green (Patriot Square, E2 9NF), em Londres, Viajante é a aposta do chef luso Nuno Mendes, que deixou o lisboeta Bacchus para rumar à capital britânica e ali espantar todos com os gostos e aromas tradicionais portugueses.

E para terminar em beleza uma edição para encher de orgulho cada um de nós, nada como chegar à última página da revista e, abismados, verificarmos que o prato gastronómico deste mês (sempre escolhido por um artista de renome internacional) é a portuguesíssima Bifana (ou como lhe chamam na revista, "Bife ana"). Parece que o artista deste mês, o escultor Richard Wentworth, ficou para sempre encantado com as bifanas que comeu (e come regularmente) no restaurante londrino Eagle (159 Farringdon Road).

E de repente não é que me deu vontade de ir até à Cervejaria Berlenga, na Rua Barros Queirós (aos Restauradores)?

3 comments:

  1. Ah, e se quiseres fazemos um troking...
    eu envio-te uma Vogue e tu envias-me um revista daí, se os portes compensarem claro!
    Vou investigar...

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  2. Vamos a isso!!! que queres daqui? bjokas!!

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